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Jatobá e Folhas Secas selecionadas para o Salão 
acrílico sobre lona  e acrílico sobre tela 

Miguel selecionado para o 25º Salão Jovem Arte MT,  recebe menção honrosa com os trabalhos: Natureza Esquecida, Folhas Secas e Jatobá.

 

Sobre o Salão
 

Criado em 1976 pela então Fundação Cultural de Mato Grosso, o Salão Jovem Arte Mato-Grossense, ao longo de quatro décadas, desempenhou significativa contribuição histórica.
Se não houvesse interrupções entre as diversas administrações estaduais, o concurso estaria hoje em sua 40ª edição! E, se estivéssemos comemorando essa data, certamente, o nosso movimento de arte estaria imbuído de maior tradição.
Porém, as dificuldades de recursos humanos, financeiros e materiais sempre existiram no árduo campo de batalha artística e foi preciso vencê-las bravamente, por isso mesmo o corajoso Salão chega até nós, em sua 25ª edição, trazendo formidável carga de historicidade.
Nessa carga, a resistência animadora do seu caráter aglutinador e revelador de valores prevalece. É preciso dizer que o público e os artistas querem acreditar na continuidade da ação do poder público na formação da consciência social e crítica.
A continuidade é profícua e necessária para que o Salão não seja apenas um evento perdido na eventualidade. O conceito de uma política de animação cultural e a sua continuidade fazem a renovação e, ao mesmo tempo, sustentam a tradição e nela o pulso da história.
Costumam questionar o emprego da palavra “Jovem”, inserida na denominação do Salão. Já chegaram a falar de complexo de Peter Pan.
Respondo sempre dizendo que jovem é a arte, não importa a idade dos artistas. A jovialidade expressiva e contundente da arte é maior quanto mais maduro é o artista.
Ora pois, a continuidade é que garante maturidade e inovação.
Realmente, em sua 25ª edição, em que percorreu cinco décadas de um bem-sucedido movimento, o Salão Jovem Arte tem sido espelho ou precioso catálogo de estudo e pesquisa das artes plásticas locais, termômetro da vitalidade da arte mato-grossense, que ainda está longe de se esgotar.
Então, há muito a dimensionar nesta história. A receptividade e o incrível número de 180 inscrições perfazem o seu crédito.
Ainda bem que o certame retorna neste ano de 2016.
Sai da teoria das possibilidades de retornar para a apresentação do fazer artístico do momento atual, cumprindo sua mítica missão.
O Salão, por sua qualidade e vontade de inovar, apaga os anos não realizados. Ignorando o tempo ausente e

resistente ao lapso da temporalidade, o Salão nos revela um fiel retrato do nosso movimento artístico, por isso e por tanto esta edição se recupera no tempo e no espaço.

 

Aline Figueiredo

Crítica de Arte e Curadora do 25º Salão Jovem Arte  Abril de 2016

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